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15ª Maratona do Porto 2018

Hobalhamadeus, que é isto?


Dia 3 de novembro…véspera da prova. Esta teve a particularidade de ter sido feita praticamente a nado hahaha. Que lindo dia de chuva e chuva e cada vez mais chuva e mais…e sempre.


Com tudo o que era preciso levar para o Porto saímos de casa no sábado para apanhar o autocarro para a Invicta organizado pela amiga Ana Pereira e o RunPorto. Chegamos lá sem stresses por volta 8 horas, meia hora antes de partirmos. Para além da Ana encontramos o nosso amigo Nelson Barreiros e a esposa para além de algumas caras também conhecidas destes ambientes das corridas.


Eu e a Dina iríamos assim descansados até ao Porto, sempre temendo e esperando que o tempo ajudasse e que no dia seguinte não chovesse como estaria previsto. O que até não seria nada mau umas boas pingas durante a corrida para arrefecer os reatores hehehe, tanto na Maratona como na Family Race de 15 km da Dina Barroso…desde que não caísse em exagero. (O S. Pedro deveria de se estar a rir de mim certamente)…


Uma viagem tranquila de cerca de 4 horas com paragem pelo meia para descansar e chegada à Expo Maratona no Centro de Congressos da Alfandega do Porto pelas 13 horas onde após levantarmos os dorsais e a tirado as respetivas fotos aqui e ali e acolá fomos almoçar a Pasta Party que estava espetacular e com um ambiente formidável.


Hora de rumar novamente ao autocarro para nos deixar junto à rotunda da Boavista onde de seguida nos dirigimos para o nosso Hotel.

Entre as horas passadas no restante do dia e o deitar foi um tirinho hehehe…


Dia 4, 6 horas da manhã…toca a acordar!


No pequeno almoço encontro o meu amigo Francisco Gomes e trocamos ali umas palavrinhas…


Uma coisa boa que há nestas provas é que existem sempre um pack atleta que fica em conta na medida que temos um late check-out, pequeno almoço a partir das 6:30 e autocarro do Hotel até à zona de partida e da chegada até ao hotel, o que facilita tudo de uma maneira espetacular e cómoda. Ainda por cima como o dia estava super chuvoso ainda reforço a opção da escolha do Hotel…


Chegamos à zona de partida junto ao Parque da Cidade do Porto por volta das 8 horas, hora espetacular para começar a chover…estava a barraca armada, tinha começado a versão anfíbia hahahaha.


Nestes entretantos bem chuvosos ainda encontramos o meu amigo Narciso e o irmão de uma amiga nossa. Claro que neste momento já quase toda a área estava invadida por uma espécie de super-heróis de capa plástica com as letras da Maratona, a bem agradecida capa para a chuva disponibilizada pela organização. Fotos da praxe tiradas lá seguimos para fazer um mini breve aquecimento, mais por causa do frio que por causa da corrida. Ainda vejo os meus amigos Fernando Janeiro que mais tarde vi que tinha feito um tempo extraordinário e o meu amigo Miguel Pereira dos Madrugas de Almeirim que se iria estrear nestas andanças das Maratonas (e que estreia).


Mais perto das 9 horas eu e a Dina retiramos as capas maravilha e separamo-nos para ir cada um para o seu local de partida e para as respetivas provas. A chuva continuava sem dar tréguas, mas parecia que se iria extinguir pois o céu estava menos carregado.

Partimos às 9 horas na Via do Castelo do Queijo, entre a Anémona e o próprio Castelo, no meio de um mar de gente que gritava e falava e barafustava e tudo e tudo…


Curiosamente esta edição teve a participação de mais estrangeiros que portugueses o que rapidamente notei tal não eram as palavras estrangeiras banhadas e abafadas pela chuva por tudo quanto era lado.


Inicia-se a corrida dando uma breve volta ao Parque da Cidade e indo em direção a Matosinhos e Porto de Leixões, tínhamos já percorrido cerca de 7 km, regressando pelo mesmo caminho e passando novamente pelo Castelo do Queijo.


Passamos também pelo Castelo da Foz, Ponte da Arrábida, Alfandega, Ponte D. Luís I (um dos locais mais bonitos de passagem da prova, junto à bonita Ribeira onde estavam umas boas centenas de pessoas apesar da generosa chuva. Rumamos em direção a Vila Nova de Gaia onde chegamos à marca da Meia Maratona. Passamos novamente pela Ponte da Arrábida, mas nesta passagem feita pela margem de Gaia. Um pouco mais à frente, creio que perto da Marina Douro fazemos o retorno aos 25 km até passarmos a Ponte D. Luís I novamente e ir em direção à Ponte do Infante, Ponte D. Maria Pia e Ponte São João onde aos 31 km fazemos o regresso e desta vez em direção à tão desejada meta.


A cada 5 km lá estavam os abastecimentos com água, isotónicos, barra, bebida e géis da Prozis, assim como esponjas. Usei sempre uma garrafa de água entre abastecimentos mantendo o meu ritmo constante. Também usei 3 géis ao longo da prova, um aos 15 km outro aos 25 km e por último aos 35 km.


É de salientar que para além dos inúmeros voluntários e elementos da organização também estavam alguns militares do exército no apoio aos atletas. Coisa de que me orgulho bastante sendo eu um militar de carreira. Provavelmente o mesmo não poderão dizer os militares que corajosa e prestavelmente permaneceram sempre nos seus locais de apoio facilitando os abastecimentos aos atletas debaixo de uma constante e abundante chuva o tempo todo.


Fazemos todo o percurso de regresso até à Anémona onde subimos ligeiramente até à meta onde a cortei com o tempo de 3h25m, batendo o meu recorde em 4 minutos apesar de todo o mau tempo com chuva e vento. O tão desejado tapete vermelho que antecede a meta abre um rasgado sorriso de satisfação e felicidade em mim que até me faz esquecer todo o cansaço, frio e molha que trago comigo.


Ao cortar a meta cumprimento o meu amigo Paulo Gomes que tinha terminado uns bons minutos antes e desejei-lhe um bom regresso a Lisboa mal sabendo que ainda nos iríamos encontrar no restaurante.


Terminei!


Chego ao fim na posição 846 entre 4663 atletas que terminaram esta Maratona com muitas desistências pelo meio, com um ritmo de 4:49 que considero muito bom!


Ufaaaaaaa….


O pior de tudo foi mesmo a Dina que após ter brilhado na sua prova batendo o seu Recorde Pessoal esteve ainda duas horas à minha espera debaixo de toda a água que caía entrando quase em hipotermia.


A caminho do autocarro só se via malta com andares estranhos e embrulhados com tudo o que havia para combaterem o frio e na tentativa de resguardo da chuva e ainda encontro o meu amigo Nuno Gomes de Abrantes…


Que bem que soube o banho (outro??? Hehehe) quentinho desta vez e depois um soberbo almoço com um tinto do Douro na companhia da Dina, Nelson barreiros e esposa para retemperar as forças.


Às 17h30m lá regressámos (um pouco a coxear hahaha) para o autocarro para nos levar de regresso…cansados, mas felizes!


Hobalhamadeus para tanta molha…

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