Hobalhamadeus, que é isto?
Dia 14 de outubro, mais uma prova que inicialmente não estava previsto ir, mas quis experimentar e participei no concurso online da prova para ganhar um dorsal…e…ganhei! Pronto lá está, tive mesmo de ir hehehe.
Fonte Grada em Torres Vedras, 1º Trail das 3 Fontes com distâncias de 23 km e 13 km. Eu fui à de 23 e a Dina Barroso à de 13.
Saímos de casa cedo, pois ainda foram cerca de 100 km até lá e ainda nos fomos encontrar com mais amigos…Ana Paula, Dora Filipe e Paulo Rosado para um cafezinho matinal…e depois siga que se faz tarde.
Chegamos ao local da prova perto das 8h15m estacionamos à “patrão” junto à estrada para ir levantar os dorsais. De volta novamente para o carro para o ir estacionar no local indicado pela organização que era junto ao campo de futebol. Parece mentira, mas só acertei com o caminho à terceira…está bonito está…hahaha e já me tinham dado indicação. É perto a cerca de 250 metros. E era, mas como eu gosto de perlongar esses 250 metros ainda foram quase dois km hahaha.
Estacionado e equipado encontro logo a Patrícia Pinto e o Tiago Rosa mesmo estacionado ao pé de nós. Siga novamente para o local de partida. Encontro logo o meu amigo Manuel Cura do Trilho Perdido e o Ruben Cotrim que é o braço forte da organização.
Um aquecimento ligeiro feito por ali e vou para a manga de partida onde se juntam cerca de 75 atletas para a prova longa. E ainda vejo no outro lado o meu amigo Sílvio Rodrigues que ia fazer a prova mais curta.
Após um ou dois minutos atrasados dá-se o momento da partida onde curiosamente o Ruben Cotrim segue à frente connosco durante os primeiros 500 mts e deseja manifesta boa prova a todos enquanto regressa ao local de partida.
Tudo apontava para que fosse uma prova muito molhada…só que não…o tempo amainou e nem queixumes locais do furacão Leslie houve. Um pouco frio de início, mas assim que começamos aqueceu que foi um instante!
Lá vou na primeira parte do grupo de atletas que mais pareciam que iam a fugir de algum toiro, mas não…eram mesmo bons a correr. E eu a querer acompanhá-los…fónix…claro que deixei de os acompanhar logo após o início do terceiro km, era só os ver a distanciaaaaaaarrrrrrrreeeemmmm-se e eu a ficarrrrrrr hahaha. Mas pronto, não consegui manter o ritmo de 4:40 que fiz nos primeiros dois kms, era muito para mim. A malta começou a subir e a descer que nunca mais acabou, ou melhor acabou, mas só no final.
Vou progredindo num ritmo bastante bom e aos 5 km começo a conversar com um amigo que vinha todo animado e claramente reconhecido pela t-shirt rosa dos Tolinhos da Corrida, era o José Lemos. Curiosamente fomos até ao final sempre em conversa e a puxar um pelo outro…mais ele a puxar por mim que ao contrário hahahaha. Lentamente fomos passando alguns atletas durante o percurso, íamos rindo, trocando impressões, falando de aventuras e afins…boa pessoa.
A prova foi bastante rápida, mais para uns que para outros é claro. Mas apesar da maioria do percurso ser em estradão a organização esmerou-se no desenho da prova. Pois com as caraterísticas do terreno e com uma distância de só 23 km ainda conseguiram nos predar com uns generosos 860 D+. Fruto de ajuda de duas ou três paredes que mais pareciam que subiam ao céu e de lá teria de saltar de paraquedas…eu ainda (entre palavrões…muitos palavrões) dizia em voz alta no meio de uma respiração ofegante e a tentar sorrir que era “só descer até lá a cima” para ver se me animava. Mas animação até que nem faltava com o amigo José por perto sempre na cavaqueira e na brincadeira.
Creio que houve 3 abastecimentos onde no primeiro molhei apenas a cabeça com um copo de água, no segundo voltei a molhar a cabeça e bebi um copo de água e um quadrado de marmelada, no último cumprimentei os voluntários presentes e nem parei…
Começamos a apanhar muito pessoal da caminhada e alguns da prova curta quando faltava uns 5 ou 6 km para terminar. Pessoal simpático e prontamente a desviarem-se para nós passarmos…é este o espírito do trail. Ninguém atrapalha ninguém e todos se ajudam mutuamente!
Logo de seguida quando fazíamos uma travessia numa estrada asfaltada e entramos num trilho (a subir, é claro!) qual não foi o meu espanto quando encontro um rebanho de cabras que prontamente se desviou para passarmos…andavam nos trilhos e nem cansadas estavam…enquanto eu, vai lá vai…hahahah.
Na última subida de grande declive já não consegui acompanhar o amigo José que entre “…anda António…”, “…está quase, olha os cavalos…” e lá segui distanciando-nos uns 45 segundos até ao final mesmo.
Achei a prova muito bem marcada, embora a cor das fitas não fosse (para mim) as mais indicadas. A cor azul é uma cor que funciona muito bem nos trilhos porque se destaca das demais colorações da vegetação independentemente da altura do ano e é a cor que teria escolhido. Mas isto já são pormenores…
Faltou sim, para os mais distraídos, a sinalética das setas nas mudanças de direção. As setas de mudança de direção ajudam muito para que antecipadamente se saiba onde se deverá virar ou cortar. Em certos locais nem faziam falta porque estavam voluntários a dar indicações.
Corta meta com 23 km em 2h30m em 22º da Geral e 9º do escalão. O Ruben Cotrim ainda me pede para dizer umas palavrinhas visto que para além de tudo o que fez ainda era o Speaker, e assim falei sumariamente como correu a prova. Muita malta à chegada, uns a ver, outros a chegarem das provas, outros nos grelhadores. Muito bem!
Enquanto esperava pela minha rapaziada (pensava eu que ainda não tinham chegado) ainda deu tempo para uma mini com o Sílvio e mais um cumprimento com o José Lemos e o Cotrim com direito a foto e tudo! Mas a minha malta já estava de banhinho tomado e à minha espera…hahahaha.
Vou ao banho, reunimos todos e vamos ao almoço que a fome já apertava. Carne de porco e de javali grelhada com arroz e batata frita, caldo verde, sobremesas, águas, sumos e vinho tinto (belo vinho hehehe). Uma coisa que nunca tinha visto é que nos sentámos todos e os voluntários é que traziam a sopa e recolhiam as senhas e depois de comermos vinha o prato principal. Até que funcionou bem e foi bastante cómodo para nós e mais trabalhoso para quem trazia o repasto, mas ver pela simpatia e sorriso nos lábios até parecia que não tinham trabalho nenhum. Mais perto do final tornou-se um pouco confuso principalmente na altura das sobremesas, mas a coisa foi sempre andando.
Dou os meus parabéns a todos que contribuíram para esta prova e festa de amizade e confraternização. Estava tudo impecável! Bom ambiente, amigos novos, muita dedicação e esforço pela organização. Muito trabalho ali feito para nos proporcionar uma manhã espetacular!
Já há muito que tinha deixado de ir a provas da sua primeira edição, mas nestes 15 dias já fui a duas e adorei ambas!
Só tive pena de não encontrar as 3 fontes…ou uns ribeiros para passar…
Hobalhamadeus!...