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X Trilhos do Almourol 40km 2019


Hobalhamadeus, que é isto?

6 da manhã de dia 14 saio de carro com a Dina Barroso, Ana Barroso e o Nélio Fonseca rumo ao Entroncamento para irmos correr um bocadinho, eu para os 40 km e eles para a prova dos 25 km dos Trilhos do Almourol.

Primeiro de tudo acordo, se é que se pode dizer que acordo, com uma valente moca de sono principalmente por não ter dormido nada…hobalhamadeus.

Ia a conduzir e só me lembrava de durante a noite, graças aos meus cães que fugiram para a rua atrás de um ouriço cacheiro, cerca das 2h30 de andar com frontal na cabeça, pijama, calças de fato de treino e sapatilhas de trail, empunhando um balde e uma pá do lixo a correr no terreno vizinho para apanhar o ouriço e leva-lo para outro lado enquanto tentava enganar os meus cães (pois já não os podia ouvir a ladrar mais nenhuma hora…ficam doidos com os ouriços, não os conseguem abocanhar, mas também não param de tentar hahaha) para os levar para o meu quintal. Quem visse isto à noite, ou pensava que eu tinha endoidecido de vez (não anda muito longe disso) ou pensava que era alguma assombração hahahaha. Ainda fui tirar os picos aos cães e depois quase às 4 horas ainda me fui deitar para descansar até às 4h50m…opsssss.

Chegámos às 7 e pouco ao Entroncamento e foi logo a encontrar amigos; o Paulo Rosado que estacionou mesmo ao lado, a Lina Mateus, o Pedro Carmo no pavilhão, o Nuno Granadas, o pessoal de Marinhais, Luís Neves, José Leal, o Rui Brilhante e mais pessoal do Trilho Perdido, enfim um mar de amigos… No pavilhão também encontro logo o Roberto Caneira que já tinha levantado os nossos dorsais e também iria fazer a prova dos 40 km.

Cumprimento ainda o Hugo Água que seria o speaker da prova maior.

Dorsais levantados, ameaça de chuva e lá vou eu para o autocarro que me levaria para o parque de campismo da Barragem de Castelo de Bode. Aproveitei para passar pelas brasas durante o trajeto…tinha de aproveitar hehehe.

Chegado lá encontro o Manuel Vitorino, Rui Marçal, Custódio António, Ana Tomé, Miguel Ribeiro, Vanda Matias, Luís Silva, Duarte Gil Barbosa…peço desculpa por não me lembrar de todos hehehe…

O tempo apesar de estar ameaçador está abafado. Preparo-me para iniciar a corrida e lá vamos nós descer e subir e correr e divertir e empenar hehehe

Este percurso é de fato muito bonito, apesar de ter pouca altimetria para a distância que é não deixa de ser uma prova relativamente exigente e dura. Parte da dureza deve-se ao terreno algo pesado pela lama e alguma areia e alguns trilhos técnicos com raízes e pedras, mas também devido a ser uma prova rápida que permite o desenrolar das pernas (até deixar de permitir heheh) logo de inicio e até aos cerca de 20 km. Os 3 primeiro km foram abaixo dos 5m/km, depois foi gerir o percurso que já conhecia de há 3 anos embora encontrasse ligeiras variações após os 25 km.

Single tracks extraordinários ao longo das margens do rio nabão, Zêzere e Tejo até nos afastarmos em direção a Tancos e Atalaia.

Aos 9,5 km passamos pela ponte militar do Regimento de Engenharia 1 que atravessa o rio Nabão, um local bastante bonito e com o apoio dos nossos militares.

Desde o início mantive um ritmo confortável, embora me sentisse sem energia até aos 15 km mais ou menos, fruto principalmente da falta de dormir.

Os primeiros 24 km foram sempre junto às margens dos rios. Percurso esse muito agradável, mas também muito rápido. Depois do abastecimento do Almourol onde encontro a Virgínia Silva e aproveito para saborear uma mini fresquinha e um pão com chouriço, saímos da zona ribeirinha para iniciar uns trilhos menos bonitos onde encontramos alguns estradões de eucaliptais num constante sobe e desce que me fazia quebrar frequentemente o ritmo e moía cada vez mais as pernas tornando-se um bocado monótono.

A partir do km 34 tivemos uma “parede” simpática onde aproveitei para passar dois atletas. E passei porque, coitados, ainda estavam piores que eu…nem sei como hahaha.

Num dos trilhos fechados e enlameados ainda fui ao chão, mas apoiei-me com a mão. No ver de quem ia atrás parecia que estava a “dar gás” a mais, mas na realidade as pernas já não me obedeciam muito bem hehehe e coloquei o pé num apoio falso que era mesmo falso hehehe.

Depois voltei aos trilhos fechados e bem desenhados em locais de grande beleza que quase fazia lembrar uma selva. Trilhos estes que se juntavam à parte final no Parque do Bonito onde já dava para cheirar a meta, mais uns dois km e lá estava eu a ver o Pavilhão Municipal do Entroncamento e a Dina Barroso à minha espera para me acompanhar nos últimos metros até à meta.

Mais uma vez gostei do percurso, mais uma vez esta organização está de parabéns, mais uma vez apanhei lama, tuneis com água, pontes partidas e de madeira, casas antigas envolvidas na vegetação, o José Manuel Bué e a Cláudia Fernandes a tirar fotos aos atletas algures durante o percurso…

Ainda deu para terminar em 128 de 291 finishers nesta prova de 40 km onde demorei 5h11m a fazer.

Hobalhamadeus…fiquei bem empenado!

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